O progresso e o crescimento económico não ocorrem sem colocar graves problemas. A confrontação é inevitável quando se coloca a questão de saber se o crescimento contínuo do consumo da energia nos traz mais efeitos perversos do que benéficos, quer para a humanidade quer para o sistema ecológico. Uma comparação atual de opiniões, a propósito do consumo, deixa antever, no mínimo, três cenários possíveis:
- Responder à procura sem limitações;
- Autolimitar a procura voluntariamente;
- Limitar o consumo pelo constrangimento.
A existência destes três cenários permite concluir que a questão energética não é matéria personalizada mas que ela se desempenha, também, no plano social: cada maneira de encarar o consumo de energia é remetida a um modelo (e consequentemente a uma opção) de sociedade. A problemática do consumo da energia ultrapassa o quadro puramente técnico já que são colocadas em jogo questões fundamentais que dizem respeito quer à atualidade como ao futuro da nossa sociedade.
A energia desempenha um papel fundamental na economia e no seu desenvolvimento. Esta constatação, indiscutível, não justifica um crescimento, indisciplinado, quer da procura como da oferta da energia. Problemas ecológicos e sociopolíticos impedem claramente o procedimento sobre a via da inflação energética.
O presente artigo tem, assim, por objetivo demonstrar a importância da eficiência energética, com sendo o quarto cenário possível, mais eficaz quer do ponto de vista técnico quer do ponto de vista económico, e que permite responder à procura mantendo o mesmo nível das prestações energéticas.
De referir que a gestão da energia é fundamental para a garantia de que as medidas de eficiência energética implementadas são devidamente controladas e sustentadas no tempo.
Considero como base de uma política de apoio à eficiência energética, a orientação para dois universos fundamentais:
- O consumidor em geral, em termos da atitude comportamental;
- As atividades e setores onde o impacto das medidas na redução do consumo de energia final é significativo e economicamente viável.
Os setores da atividade que considero serem os mais importantes e para onde devem ser orientados os apoios e estímulos para a eficiência energética são:
- Transportes – basicamente comportamentais e tecnológicos;
- Indústria – tecnológicos e comportamentais;
- Serviços – tecnológicos e comportamentais;
- Residencial – basicamente comportamentais.
João de Jesus Ferreira
Engenheiro Eletrotécnico
JesusFerreira Consultores – energyconsulting
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