O mundo está a sofrer alterações, mas nos últimos anos, vários acontecimentos conduziram a um aumento do preço da energia a nível global: a maior crise pandémica do século, as constantes e cada vez mais frequentes alterações climáticas e ambientais, as erupções vulcânicas, os sismos, as inundações, a ameaça nuclear que continua a ser tema da atualidade, e é cada vez mais premente, grave e perigosa, devido à guerra na Ucrânia.
A sociedade procura responder positivamente a algumas destas questões, que têm impacto direto no ambiente, com mais carros elétricos em circulação, redução permanente da pegada ecológica, produção de mais energia verde ou energia limpa. Tudo isto em busca de menores crises climáticas, menos chuvas fortes, menos granizos, menos ciclones e outros fenómenos que são cada vez mais constantes e imprevisíveis.
O mundo precisa de descarbonizar
Todos estes últimos acontecimentos globais foram intensificando uma necessidade de encontrar alternativas aos combustíveis fósseis. Esta necessidade conduziu também à possibilidade de utilização de espaços agrícolas para instalação de painéis solares que contribuam para a sustentabilidade económica e ambiental.
Surgem, desta forma, os projetos agrofotovoltaicos, agrovoltaicos ou agrosolares. Uma combinação entre energia solar fotovoltaica e o setor agrícola. Um dos tipos de tecnologia limpa, energia renovável, energia verde.
Quando bem conjugada com as técnicas de agricultura moderna, há estudos que apontam para um rendimento de 150% fruto direto da aplicação da energia solar fotovoltaica ao setor.
Os estudos sobre a tecnologia agrovoltaica surgem no início da década de 80 e foram, inicialmente, desenvolvidos por Adolf Goetzberger e Armin Zastrow, havendo alguns estudos sobre a coabitação de produção energética e terras cultiváveis.
Mas foi já no decorrer do atual milénio que foi instalada a primeira central fotovoltaica combinada com cultivo, um protótipo que data de 2004. Em 2011 surgem as primeiras instalações agrovoltaicas em Espanha e Itália; em 2013 no Japão, 2015 na China, chegando a França em 2017. Em 2018 seria a vez dos Estados Unidos da América.
João Pinto
Cleanwatts
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