Neste artigo apresenta-se a comparação entre um sistema solar térmico e dois tipos de sistemas fotovoltaicos no processo de produção de Águas Quentes Sanitárias (AQS), para uma habitação do tipo T3 no concelho de Leiria.
Partindo dos dados de insolação e das estimativas de energia térmica necessária para a preparação de AQS, obtidos a partir do software SolTerm do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), procedeu-se ao dimensionamento de um sistema solar térmico do tipo “circulação forçada” e, com recurso ao software Homer®, de dois tipos de sistemas fotovoltaicos.
No primeiro sistema fotovoltaico, as AQS são produzidas através da alimentação de uma resistência de aquecimento instalada no interior de um termoacumulador. No segundo sistema, esse processo é realizado através de um termoacumulador dotado de bomba de calor incorporada e de um permutador de calor do tipo “serpentina” no interior do mesmo, o qual procede à transferência de calor entre o fluído frigorígeno e as águas de consumo.
Por fim, apresentam-se as estimativas orçamentais para cada um dos sistemas e as ilações a retirar da realização do presente estudo.
Introdução
Nos últimos anos tem-se assistido a uma tendência mais acentuada no decréscimo dos custos dos componentes para sistemas fotovoltaicos do que a dos componentes para sistemas solares térmicos.
Tradicionalmente, tem-se verificado que a indústria tem vindo a adotar os sistemas fotovoltaicos para a produção de energia elétrica para diversos fins que não a produção de AQS, restringindo esse âmbito aos sistemas solares térmicos.
No entanto, verifica-se que é relativamente fácil proceder ao abastecimento desse tipo de cargas através de sistemas fotovoltaicos, pelo que no presente artigo se pretendem comparar os seus montantes de investimento inicial com os dos sistemas solares térmicos de circulação forçada, para uma habitação do tipo T3 em Leiria.
Edgar Franco – edgar.franco@ipleiria.pt
Nuno Monteiro – nuno.f.monteiro@ipleiria.pt
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