Partindo do registo dos desperdícios gerados nos últimos anos na esfera da FRUTUS – Estação Fruteira de Montejunto CRL, e de dados publicados na literatura relativos ao potencial de produção de Bioetanol por unidade massa de cada tipo de fruta, procedeu-se a uma estimativa da produtividade média anual desse biocombustível.
Para averiguar a viabilidade deste tipo de aproveitamentos de desperdícios, procedeu-se ainda à elaboração de dois estudos técnico económicos, um deles considerando a sua venda direta como produto final e outro considerando a sua utilização para produção e venda de energia elétrica à rede pública.
Introdução
O etanol
O etanol (álcool etílico) é amplamente utilizado em produtos do dia-a-dia, como cosméticos, desinfetantes, anticongelantes, corantes, tintas, produtos farmacêuticos, sendo ainda parte integrante da composição das bebidas alcoólicas. É habitualmente comercializado sob a forma de álcool etílico a 96%, isto é, com 4% de água [1]. O sufixo Bio que precede a palavra “etanol” ou a de qualquer outro combustível significa que a sua produção é realizada a partir de matérias biológicas.
Produção de etanol e Bioetanol
O etanol pode ser sintetizado através de métodos químicos e biológicos. A sintetização através de meios biológicos (alvo do presente estudo) é realizada por organismos que conver tem açúcares (como a glicose, frutose e sacarose) em energia celular sob a forma de Adenosina Trifosfato (ATP). Nesse processo são produzidos etanol e dióxido de carbono como subprodutos metabólicos.
Edgar Franco – edgar.franco@ipleiria.pt
António José Ferreira – ferreira.gt@gmail.com
Luís Miguel Machado – m.machado.05.73@gmail.com
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