No que toca à energia, a última proposta apresentada para cumprir este desígnio, intitulada REPowerEU, aposta no investimento na independência energética, tendo sido apresentada já após a invasão da Ucrânia por parte da Rússia.
Efetivamente, as mudanças geopolíticas na Europa expuseram a sensibilidade a fatores externos no respeitante à segurança de abastecimento energético, repercutindo as suas consequências na economia transversal aos estados-membros; mas também demonstrando a resiliência do sistema energético europeu, apoiado pela riqueza de recursos endógenos renováveis, facto este que pode ser confirmado por análise do gráfico abaixo.

No ano de 2021, verifica-se que a União Europeia (UE) ocupa o terceiro lugar das 10 maiores economias mundiais em análise1, com uma quota de energia primária proveniente de fontes renováveis de 18,8%, sendo somente ultrapassada pelo Brasil e Canadá, com 46,2% e 29,9% respetivamente. Na Figura 2 é possível analisar os principais mercados energéticos europeus e verifica-se que o nosso país ocupa a 4.ª posição do ranking, com uma quota de 34%, sendo os três primeiros lugares ocupados pela Noruega, Áustria e Dinamarca, com quotas de 74%, 36,4 e 34,7% respetivamente.

A breve análise das figuras anteriores permite confirmar a tendência positiva no desenvolvimento e implementação de fontes de energia renováveis na União Europeia, sendo que a sua posição competitiva global neste mercado tem espaço para crescer.
João Tomaz e Susana Serôdio
APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis
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