Autoconsumo é atualmente um termo “quase” equivalente a energia solar fotovoltaica. Esta tecnologia, per si, contribuiu em 2022 com quase 96% da produção descentralizada de energia elétrica, com as instalações de autoconsumo (UPAC) a representarem mais de dois terços.
No âmbito do Plano Nacional de Energia-Clima 2030 prevê-se que a capacidade instalada em energia solar atinja pelo menos 9 GW. No final de 2022 esta era de 2,6 GW, tendo a produção solar fotovoltaica representado aproximadamente 6% do consumo total de energia elétrica. As UPAC representaram mais de 30% desta produção.
Assumindo como efeitos da transição energética um aumento do consumo de energia elétrica na ordem dos 10-15% ao longo dos próximos anos, decorrente do aumento da eletrificação nos setores dos transportes, dos edifícios e industrial, poderá antever-se que a produção solar fotovoltaica a partir de UPAC possa representar mais de 10% do consumo total de eletricidade.
O contributo da produção descentralizada por UPAC será, portanto, fundamental para reduzir a dependência energética e alcançar os objetivos energético-climáticos.
Se por um lado o rápido e significativo crescimento do número de UPAC ao longo dos últimos 2 anos acompanha a ambição de acelerar a transição energética, por outro é razoável associar este crescimento à preocupação dos consumidores em procurar assegurar uma estabilização (ou redução) dos seus custos energéticos, especialmente em consequência da crise energética que teve início em meados de 2021.
Tiago Gaio
Consultor sénior, RdA Climate Solutions
tiago.gaio@rda.pt
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