A produção global de biocombustíveis tem aumentado rapidamente na última década, contudo a sustentabilidade de muitos biocombustíveis de primeira geração – que são produzidos principalmente a partir de culturas alimentares, tais como grãos, cana de açúcar e óleos vegetais – tem sido cada vez mais questionada. Esta argumentação negativa relativa aos biocombustiveis de 1.ª geração baseia-se sobretudo na competição de recursos relativamente à industria alimentar e ao balanço efectivo de emissões de CO2 menos favorável. A grande excepção é o etanol produzido da cana de açúcar em zonas tropicais.
As crescentes críticas aos biocombustíveis de 1.ª geração tem suscitado uma especial atenção para o potencial dos chamados biocombustíveis de segunda geração, que são produzidos a partir de biomassa nãoalimentar.
No passado recente têm sido desenvolvidos e optimizados processos que permitem que praticamente todos os tipos de biomassa possam ser convertidos em combustível, incluindo os resíduos verdes, palha, estrume de animais, resíduos florestais, material vegetal com uma elevada percentagem de celulose, madeira de sucata e residuos sólidos urbanos. No entanto, a maioria desses métodos são ainda caros e tecnicamente exigentes. Estima-se a sua comercialização em velocidade cruzeiro somente a partir de 2015-2020.
A obtenção de resultados extremamente positivos no que concerne a uma análise do ciclo de vida global associado a toda a cadeia de produção de biocombustÍveis de segunda geração em diversos estudos, foi o grande argumento para que este tipo de combustÍveis tivesse ganho um enorme impulso, designadamente com a disponibilização de fundos para investigação aplicada na maioria dos países desenvolvidos com especial enfoque para a União Europeia (UE) e os Estados Unidos.
Salvador Malheiro
Engenheiro Mecânico, Doutorado em Combustão
Professor Universitário, Consultor
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