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Energias renováveis: compósitos aumentam resistência das estruturas offshore

Energias renováveis: compósitos aumentam resistência das estruturas offshore

O INEGI participa no projeto FIBREGY, que visa integrar materiais compósitos em estruturas de energia eólica e das marés e, assim, reduzir a vulnerabilidade à corrosão destes equipamentos.

A agressividade do ambiente marinho reduz a vida útil das estruturas de energias renováveis instaladas em alto mar, implicando custos elevados de manutenção. Uma das soluções para este problema passa pela substituição do aço por polímeros reforçados com fibra na construção destas plataformas. O INEGI fez parte do esforço europeu para viabilizar esta mudança. 

No âmbito do projeto FIBREGY – que visa integrar materiais compósitos em estruturas de energia eólica e das marés e, assim, reduzir a vulnerabilidade à corrosão destes equipamentos – o INEGI desenvolveu o protótipo de uma carenagem de turbina para aproveitamento da energia das marés em materiais compósitos.

O resultado? Uma estrutura mais resistente, até 40% mais leve, com mais tempo de vida útil  (excedendo os 25 anos tipicamente esperados) e com menor necessidade de intervenção reduzindo não só o impacto ambiental, mas também os custos de manutenção em até 30%.

O Instituto definiu ainda as linhas orientadoras para a produção de grandes plataformas de energia eólica e das marés offshore em materiais compósitos e liderou o processo de avaliação e seleção dos melhores materiais.

“Nas pás dos aerogeradores, o uso de polímeros reforçados com fibra para pás é comum. No entanto, salvo raras exceções, as estruturas offshore de suporte aos aerogeradores são feitas em aço. A corrosão provocada pelo mar nestas estruturas é responsável por aproximadamente 60% dos custos de manutenção das plataformas eólicas offshore”, explica João Manuel Cardoso, responsável pelo projeto no INEGI.

Além do elevado custo de manutenção, os problemas associados à degradação reduzem ainda a vida útil dos ativos. Mesmo quando são considerados em fase de projeto, implicam um aumento dos custos de construção.

“Os materiais compósitos podem ser a chave para reduzir os custos de manutenção das estruturas eólicas offshore, tipicamente feitas em aço e vulneráveis ao ambiente agressivo do alto mar”, sintetiza João Manuel Cardoso.

O projeto FIBREGY – Development, engineering, production and life-cycle management of improved FIBRE-based material solutions for structure and functional components of large offshore wind enerGY and tidal power platforms é cofinanciado pelo programa Horizonte 2020 da União Europeia, no âmbito do programa de investigação de inovação.

INEGI
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