A instalação e operação de painéis fotovoltaicos, todavia, não é isenta de riscos: os módulos podem ser mal instalados, mal fixados ou sofrer danos durante eventos meteorológicos extremos. Para aferir o estado destes ativos existem técnicas de inspeção que permitem detetar anomalias nas células e avaliar o desempenho das centrais, desencadeando, se necessário, ações corretivas ou garantias.
O INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial tem acompanhado o desenvolvimento do setor de energia solar e apresenta uma larga experiência na prestação de serviços de consultoria em Energy Assessment de grandes projetos de centrais fotovoltaicas, ultrapassando 1,2 GWp em novos projetos. Uma das grandes preocupações dos promotores de centrais fotovoltaicas é precisamente a garantia de que os módulos instalados nos seus parques solares estão dentro dos parâmetros de qualidade de fabrico; estão corretamente instalados, sem danos ou sobrecargas; e que as operações de manutenção e inspeção asseguram o bom desempenho ao longo da vida útil dos equipamentos, garantindo a visada rentabilidade do projeto.
Entre outras práticas existentes, a Eletroluminescência tem-se destacado como uma técnica crucial na avaliação da integridade e desempenho dos módulos fotovoltaicos, assumindo um papel fundamental na manutenção e diagnóstico de sistemas solares fotovoltaicos. Diferenciando-se da termografia, a Eletroluminescência oferece uma abordagem única e altamente eficaz para enfrentar os desafios específicos associados à deteção de defeitos em módulos fotovoltaicos.
O INEGI tem apostado, nos últimos anos, nesta e noutras técnicas de inspeção de ativos. A Eletroluminescência consiste na aplicação de uma tensão elétrica às células solares, fazendo com que o silício emita luz num comprimento de onda específico, invisível ao olho humano. A luz revela imperfeições ou danos ocultos nas células, como microfissuras, falhas de contacto ou díodos de derivação queimados.
Esta tecnologia oferece uma série de vantagens quando comparada com outras técnicas de inspeção de módulos fotovoltaicos. Por um lado, a sua capacidade de detetar defeitos microscópicos e macroscópicos nos módulos é incomparável. Enquanto inspeções visuais podem deixar passar defeitos menores e a termografia se concentra principalmente na temperatura superficial, a Eletroluminescência revela problemas internos que podem comprometer significativamente o desempenho e a vida útil do sistema. Desde fissuras impercetíveis a olho nu, pontos quentes causados por curto-circuito nas células e díodos defeituosos. Por outro, a Eletroluminescência oferece ainda um mapeamento detalhado dos defeitos, permitindo intervenções proativas para evitar falhas catastróficas no futuro.
Eduardo Silva, Consultor de Projetos Fotovoltaicos
Filipa Magalhães, Responsável Sénior de Monitorização de Ativos
INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial
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