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formação como fator de competitividade

Formação como fator de competitividade

Num mundo em constante mudança, onde a globalização e a digitalização ditam o ritmo, a competitividade é a chave para o sucesso. No contexto empresarial, essa competitividade traduz-se na capacidade de se destacar no mercado. Para tal, é fundamental que as empresas estejam dotadas com recursos humanos que possuam as competências e conhecimentos necessários para enfrentar os desafios do mercado globalizado, impulsionando a inovação, a produtividade e a eficiência das organizações em que se inserem.

Neste cenário, a formação surge como um fator crucial para o sucesso das empresas. Investir na qualificação dos colaboradores significa ter equipas atualizadas com as últimas tendências do seu setor de atividade. Paralelamente à atualização de competências técnicas, é, igualmente, fundamental apostar nas competências transversais com foco nas comportamentais, como sejam a comunicação, trabalho em equipa, resolução criativa de problemas e a tomada de decisão. Estamos perante a 5.ª Revolução Industrial, a qual apresenta uma abordagem centrada no ser humano, assumindo, também, a designação de human-centric, onde a sinergia entre o humano e as máquinas são uma pedra angular para, por um lado, impulsionar a produtividade e a eficiência, por outro, atrair e reter talentos. Neste contexto, é imperativo que os profissionais desenvolvam as suas competências numa visão 360º, respeitando um equilíbrio entre as conhecidas Soft Skills e as competências técnicas, ou Hard Skills.

A ATEC desenvolveu em 2021 um estudo sobre a qualificação e requalificação em Portugal, o qual contou com a resposta de mais de 250 empresas. Nesse estudo as empresas identificaram 3 eixos de formação como sendo prioritários para a melhoria da atividade da sua empresa, nomeadamente: Eixo 1 das Soft Skills, como a liderança, comunicação e a resolução criativa de problemas, para suporte à transformação digital; Eixo 2 da componente técnica, com destaque para a automação, a robótica, a eletricidade, a eletrónica e TI industrial; Eixo 3 da melhoria contínua, qualidade e gestão de projetos. Os resultados completos podem ser visualizados na Figura 1.

Áreas de formação consideradas prioritárias para a melhoria da atividade da
empresa Fonte: Estudo sobre a qualificação e requalificação em Portugal
Figura 1. Áreas de formação consideradas prioritárias para a melhoria da atividade da
empresa Fonte: Estudo sobre a qualificação e requalificação em Portugal [ATEC, 2021].

Para além do investimento tecnológico, as empresas consideraram que no processo de digitalização é primordial apostar no incremento das Soft Skills dos seus colaboradores. A multidisciplinaridade que suporta a transformação digital, a ligação entre Soft e Hard Skills, está claramente patente as áreas de formação identificadas como prioritárias.

A Liderança surge, inequivocamente, como a área de formação que as empresas conscientemente, identificam como a mais importante para desenvolver, porque liderar na era digital é saber responder aos desafios da adaptação humana à digitalização, é saber lidar com equipas multidisciplinares, multiculturais, com marcadas diferenças geracionais e num ambiente de elevados desafios.

Os resultados da aposta na formação são claros: por um lado, o trabalho torna-se mais eficiente e produtivo, por outro, dá-se um claro aumento da satisfação, da realização profissional e do compromisso dos colaboradores com a empresa. O compromisso assume uma particularmente relevância, numa altura em que a escassez de recursos qualificados é uma realidade. Investir no desenvolvimento de um colaborador valoriza-o e amplifica o seu grau de envolvimento com a empresa, originando, consequentemente, uma maior capacidade da sua retenção na empresa. A retenção de talentos é fundamental para o crescimento sustentável das empresas.

Investir na formação dos colaboradores é um investimento no futuro da empresa

A par da forte evolução tecnológica e dos desafios que lhe são inerentes e da agressividade da concorrência, a desadequação das competências das equipas às novas tecnologias e ferramentas e aos processos digitais impõe a que as empresas repensem a sua estratégia e encarem a formação como um elemento essencial para a sua sustentabilidade e para alcançar novos patamares de sucesso.

Paulo Peixoto
Diretor Região Norte
ATEC – Academia de Formação

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