Após uma breve intervenção de apresentação do Future Energy Leaders Portugal (FELPT) por João Graça Gomes, membro da Board do Programa, Vasco Zeferina, membro dos FELPT, apresentou o white paper “Biomassa Florestal: Potencial energético dos resíduos em Portugal”.
O estudo teve por objetivo analisar o potencial energético dos resíduos de biomassa florestal em Portugal para a produção de energia que adicionalmente irá potenciar a revitalização de atividade florestal, e a recolha de material residual no país. Para Vasco Zeferina, “será importante ocorrer uma mudança estratégica, de forma que se estabeleça uma abordagem push strategy, que se foque em garantir incentivos à recolha efetiva dos resíduos Florestais”.
Após a apresentação pública do white paper, realizou-se uma mesa-redonda de discussão em redor do mesmo e da área da biomassa em Portugal, que contou com a participação de Carlos Coelho, Diretor Executivo da Greenvolt, Luís Gil, Vice-Presidente do Centro da Biomassa para a Energia, Tiago Oliveira, Presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais.
Para Carlos Coelho as dificuldades na maximização dos resíduos florestais “são várias, entre elas, a altura do ano para a recolha dos resíduos, […] a disponibilidade e a logístico de acesso aos resíduos de biomassa [bem como a sua] composição variável em termos de humidade e impurezas que afetam a eficiência do processo da produção de energia.”
Luís Gil abordou o tema do da disponibilidade do recurso, chamando a atenção para o facto de “[…] na realidade, […] numa dada região, os potenciais de biomassa são quantidades estimadas, [que se] baseiam em assunções e dividem-se em potencias teóricos, técnicos, económicos. O potencial teórico refere-se à quantidade de biomassa que é teoricamente utilizável […]; o potencial técnico é parte deste potencial teórico [considerando] fatores limitativos de ordem técnica no domínio do abastecimento, da recolha e da conversão, [e] o potencial económico é a fração do potencial técnico que está dentro dos parâmetros de rentabilidade económica.”
Por sua vez Tiago Oliveira considerou que “Portugal deve olhar para a bioenergia na perspetiva dos resíduos da biomassa florestal como uma oportunidade para gerar valor para os proprietários dos terrenos e para a indústria. Não na lógica da tarifa, mas sim, no abatimento do risco de incendio, usando uma lógica de push”.
O white paper pode ser consultado em https://apenergia.pt/felptreport/
FELPT – Future Energy Leaders Portugal
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