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FELPT: apresentação e debate do seu estudo “Biomassa Florestal: Potencial energético dos resíduos em Portugal”

Os FELPT realizaram no dia 28/11 a apresentação e debate do seu estudo “Biomassa Florestal: Potencial energético dos resíduos em Portugal”

O evento de apresentação do estudo decorreu na última sessão de 2023 do “Energia em Debate”, reunindo cerca de 75 participantes, e contando com a presença de Carlos Coelho, Diretor Executivo da Greenvolt, Luís Gil, Vice-Presidente do Centro da Biomassa para a Energia, Tiago Oliveira, Presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais e do Presidente da Associação Portuguesa da Energia, João Torres.

Após uma breve intervenção de apresentação do Future Energy Leaders Portugal (FELPT) por João Graça Gomes, membro da Board do Programa, Vasco Zeferina, membro dos FELPT, apresentou o white paper Biomassa Florestal: Potencial energético dos resíduos em Portugal”.

O estudo teve por objetivo analisar o potencial energético dos resíduos de biomassa florestal em Portugal para a produção de energia que adicionalmente irá potenciar a revitalização de atividade florestal, e a recolha de material residual no país. Para Vasco Zeferina, “será importante ocorrer uma mudança estratégica, de forma que se estabeleça uma abordagem push strategy, que se foque em garantir incentivos à recolha efetiva dos resíduos Florestais”.

Após a apresentação pública do white paper, realizou-se uma mesa-redonda de discussão em redor do mesmo e da área da biomassa em Portugal, que contou com a participação de Carlos Coelho, Diretor Executivo da Greenvolt, Luís Gil, Vice-Presidente do Centro da Biomassa para a Energia, Tiago Oliveira, Presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais.

Para Carlos Coelho as dificuldades na maximização dos resíduos florestais “são várias, entre elas, a altura do ano para a recolha dos resíduos, […] a disponibilidade e a logístico de acesso aos resíduos de biomassa [bem como a sua] composição variável em termos de humidade e impurezas que afetam a eficiência do processo da produção de energia.”

Luís Gil abordou o tema do da disponibilidade do recurso, chamando a atenção para o facto de “[…] na realidade, […] numa dada região, os potenciais de biomassa são quantidades estimadas, [que se] baseiam em assunções e dividem-se em potencias teóricos, técnicos, económicos. O potencial teórico refere-se à quantidade de biomassa que é teoricamente utilizável […]; o potencial técnico é parte deste potencial teórico [considerando] fatores limitativos de ordem técnica no domínio do abastecimento, da recolha e da conversão, [e] o potencial económico é a fração do potencial técnico que está dentro dos parâmetros de rentabilidade económica.”

Por sua vez Tiago Oliveira considerou que “Portugal deve olhar para a bioenergia na perspetiva dos resíduos da biomassa florestal como uma oportunidade para gerar valor para os proprietários dos terrenos e para a indústria. Não na lógica da tarifa, mas sim, no abatimento do risco de incendio, usando uma lógica de push”.

O white paper pode ser consultado em https://apenergia.pt/felptreport/

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