Portugal registou em 2018 a 6.ª maior quota de utilização de energias renováveis no consumo energético (30,3%) entre os 28 Estados-membros da União Europeia, muito acima da média comunitária, de 18%, segundo o Eurostat.
O relatório do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE) indica que a quota de energia proveniente de fontes renováveis no consumo energético no espaço comunitário subiu de 17,5% em 2017 para 18% em 2018, mais do dobro do valor de 2004 (8,5%), o primeiro ano para o qual há dados. Segundo os dados do Eurostat, em Portugal a quota até recuou ligeiramente face ao ano anterior – de 30,6 para 30,3% -, mas o país é o 6.º com maior recurso a energias renováveis, numa lista encabeçada, de forma destacada, pela Suécia (54,6%), seguida da Finlândia (41,2%), Letónia (40,3%), Dinamarca (36,1%) e Áustria (33,4%). Em 2004, a quota em Portugal era de 19,2%. No extremo oposto da lista, os países com menor quota de energias de fontes renováveis no consumo energético global foram a Holanda (7,4%), Malta (8,0%), Luxemburgo (9,1%) e Bélgica (9,4%).
Numa análise às quotas dos Estados-membros relativamente aos objetivos fixados por cada um deles para o corrente ano – as metas nacionais têm em conta os diferentes pontos de partida de cada país, o seu potencial de energias renováveis e o desempenho económico -, o Eurostat aponta que 12 países já tinham atingido ou superado em 2018 essas metas e quatro estavam a menos de um ponto percentual, entre os quais Portugal, cuja meta para 2020 é de 31%.
Já a nível da União Europeia, que no seu conjunto tem como meta fixada para 2020 uma quota de 20% (e de pelo menos 32% em 2030), em 2018 a Europa encontrava-se então a 2% de alcançar este ano o objetivo.