Os setores agrícola e florestal (agroflorestais) não escapam à crise climática que o planeta sofre. Devem enfrentá-la, adaptando os seus processos de produção às condições meio-ambientais derivadas do aquecimento global e lutando para tentar mitigar os seus efeitos, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa como o CO2, o metano, o vapor de água e o óxido nitroso, entre outros.
Por outro lado, a crescente procura energética da sociedade atual passa por uma utilização cada vez mais eficiente e racional da energia produzida, bem como das matérias-primas utilizadas para a sua produção. Neste contexto, a biomassa tem um peso importante, uma vez que se trata de uma das principais fontes de energia renováveis, permitindo a substituição de recursos fósseis por fontes de energia limpa e renovável, e contribuindo de forma significativa para a atenuação das alterações climáticas. A sua elevada presença nos territórios da Eurorregião torna-a um elemento-chave para dar cumprimento às ambiciosas políticas ambientais e socioeconómicas existentes. O elevado potencial desta fonte de energia reuniu o interesse de governos, administrações e comunidade científica que pretendem favorecer a consolidação do setor da biomassa como uma das bases de um novo modelo produtivo, a bioeconomia.
A este respeito, o clima e as condições ótimas existentes quer na Galiza quer no norte de Portugal para o desenvolvimento de atividades agroflorestais levaram a que desde há já alguns anos estas atividades sejam consideradas como chave na economia de ambos os países. Os restos provenientes das suas podas, que até há pouco tempo eram considerados um problema para o produtor, tornaram-se num recurso de valor na elaboração de biocombustíveis sólidos em forma de pellets, briquetes ou aparas.
Neste contexto surgiu o projeto transfronteiriço Biomasa-AP, cujo objetivo principal é otimizar a exploração e a utilização da biomassa (agroflorestais) proveniente dos restos de poda, matagal, vinha e kiwi; um recurso altamente disponível na Eurorregião da Galiza – Norte de Portugal que não está a ser explorado nem valorizado. A valorização energética dos restos destas podas permitirá fechar o círculo produtivo da vinha, kiwi e produtos florestais, reduzindo a pegada de carbono destes setores.
Gonzalo Piñeiro
Galega da Industria Forestal – CIS Madeira
Leticia Pérez
EnergyLab
Anxela Montero
Fundación Empresa-Universidad Gallega
amontero@feuga.es
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